Você já ouviu falar em TPAC - Transtorno do Processamento Auditivo Central?
- Angélica Soller
- 8 de out.
- 2 min de leitura

O portador dessa doença não tem problemas de surdez (seus exames de audiometria são normais), porém ele tem dificuldades em processar e entender algumas falas, principalmente se está em ambiente com muito ruído, como em multidões e festas. Essa dificuldade em identificar os sons pode ainda ocorrer junto a outros transtornos como o TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade – e provocar o retardo no aproveitamento escolar e outros sintomas emocionais e de relacionamento, pois a pessoa tende a se isolar por conta desse entrave na comunicação.
As causas do TPAC ainda são desconhecidas, no entanto podem ter origem no histórico familiar, ou infecções recorrentes no ouvido, ou mesmo lesões cerebrais afetando o sistema auditivo.
Existem algumas manifestações que a pessoa com TPAC apresenta em seu dia-a-dia e que a família e professores devem observar e buscar ajuda profissional para o acompanhamento. Entre esses sinais destacam-se: dificuldade em seguir instruções verbais longas e reconhecer a origem dos sons; confusão com sons parecidos (pato e gato; vaca e faca, por exemplo); comprometimento no desenvolvimento acadêmico; lentidão em responder as perguntas feitas; e fadiga auditiva, pelo esforço na tentativa de compreender a fala do outro. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar o avanço do quadro.
O diagnóstico do TPAC, em geral, é feito por uma equipe multidisciplinar envolvendo otorrinolaringologista, neurologista, fonoaudiólogo e psicopedagogo.
Embora a enfermidade não tenha cura definitiva, muitas ferramentas são utilizadas para “treinar” o cérebro com a finalidade de que ele consiga processar a informação e torná-la inteligível. São treinamentos auditivos, com exercícios para que o paciente desenvolva suas habilidades auditivas e saiba discriminar os tipos de sons; uso de técnicas para facilitar a comunicação, como legendar as mídias audiovisuais; e também a utilização de fones de ouvido que auxiliam a focar na voz da pessoa que está falando, reduzindo interferências.
Um dos recursos muito recomendados pelos profissionais da área de saúde para estimular as funções cognitivas é aprender a tocar um instrumento. A ciência já provou que essa prática traz muitos benefícios para ativar as áreas cerebrais, pois aprimora significativamente as características de foco, atenção, memória, raciocínio, coordenação motora, disciplina e concentração. E mais: melhora a capacidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, ao coordenar a leitura de partituras; a interpretação do som produzido; e o movimento do corpo (mãos e dedos, no caso de piano e violão; e pés, bateria).
Estudar música tem efeito duradouro e é uma grande parceria na fase adulta e na velhice, preservando as habilidades cognitivas e prevenindo o declínio mental, além de ser uma forma divertida de manter o cérebro ativo.
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