A criança apresenta febre alta persistente e, dias depois, surgem placas avermelhadas na garganta e faringe e bolhas nas mãos, pés e boca. O diagnóstico mais provável é que ela esteja com a doença Mão-Pé-Boca, patologia bastante comum, principalmente em crianças de até 5 anos.
A doença Mão-Pé-Boca é uma infecção viral causada pelo Coxsackie - um vírus que normalmente habita no sistema digestivo- , cuja transmissão se dá pelo contato com a saliva, fezes, secreções, objetos e alimentos contaminados.
Os sintomas dessa enfermidade, além da febre alta e erupções cutâneas, são a falta de apetite, vômito, dor de garganta, aftas, diarreia e mal-estar geral, podendo ser confundida com uma gripe. Por isso, a consulta médica é fundamental para se iniciar o tratamento apropriado. O especialista, por meio dos exames laboratoriais (sangue), prescreverá a medicação correta e as recomendações para melhorar o quadro.
“Na maioria dos casos, a combinação de medicamentos anti-térmicos e analgésicos são suficientes para reverter a enfermidade”, orienta a médica Rita de Cássia Soler, otorrinolaringologista e estomatologista da Clínica L’Organi, em São Paulo. “É importante também manter a criança dentro de casa, em repouso, cuidando de sua higiene (lavar as mãos ao tossir, espirrar e após ir ao banheiro) para evitar riscos de contágio”, complementa a doutora.
A alimentação nesse período deve ser mais fria, pastosa e líquida, já que a as lesões na boca podem machucar na hora da mastigação.
A síndrome Mão-Pé- Boca costuma durar de 7 a 10 dias. Após a recuperação, ainda é importante manter os cuidados de higiene, não compartilhando talheres, copos e brinquedos nas escolas e creches.
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